sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Cores do Céu

Quase sempre, quando nos referimos à beleza do céu, pensamos na noite e nas estrelas. Mas também muito lindas sao as coloracoes que apreciamos ao amanhecer e ao cair da tarde. Todas essas belas cores que vemos no céu, durante o dia, têm sua origem no Sol.

Cada raio de Sol contém todas as cores do  arco-iris: vermelho. laranja, amarelo, verde, azul, roxo e violeta. Quando essas cores se misturam, o resultado é a luz branca do Sol.

Falando sobre o arco-iris, dizia Erasmo Braga: "Sobre o oriente nublado, apareceu um lindo arco-iris duplo".

E facil observar esse fenomeno da decomposição das cores. E só pegar um cristal quer dizer, um pedaço de vidro cortado em angulo e deixar que a luz do Sol o atravesse. Do outro lado, vão aparecer as sete cores do arco-iris. A atmosfera que envolve a Terra funciona da mesma maneira que um cristal, decompondo a luz do Sol.

Repare so uma coisa quando o Sol está próximo do horizonte, logo ao amanhecer ou ao cair da tarde, ele parece avermelhado. Essa coloraçao é produzida porque, quando o Sol está próximo do horizonte, seus raios são obrigados a atravessar um longo caminho para chegar à Terra. Como grande parte dos raios azuis e amarelos é absorvida pela atmosfera mais espessa do horizonte, só os raios vermelhos conseguem atravessar o ar, chegando às nossas retinas. Acontece, então, que a difusão das cores  avermelhadas na atmosfera nos dá aquele tom de vermelho, que aos poucos vai diminuindo, à medida que o Sol se eleva.

No momento em que o Sol já está bem alto no horizonte especialmente ao meio-dia, os raios de todas as cores atravessam a atmosfera: pois, aí, as camadas de ar já são menos espessas

As moléculas da atmosfera absorvem mais os raios azuis que os raios vermelhos. E os raios amarelos mais que os vermelhos.

Essa é a razão pela qual os raios azuis espalham-se pelas moléculas da atmosfera, produzindo esse azul bonito do céu, pano de fundo para um poema de Olavo Bilac:

Lembra-se bem! Azul-celeste

Era essa alcova em que te amei.

O último beijo que me deste

Foi nessa alcova que tome!

E o firmamento que a reveste

Toda de um cálido fulgor:

-- Um firmamento em que puseste,

Como uma estrela, o teu amor.


 

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Febe [3]




( X, 87 )


Olha estoutro debaxo, que esmaltado

De corpos lisos anda e radiantes,

Que também nele tem curso ordenado

E nos seus axes correm cintilantes.

Bem vês como se veste e faz ornado

Co largo Cinto de ouro, que estelantes

Animais doze traz afigurados,

Apousentos de Febo limitados.

Os Lusíadas, canto X, estrofe 87.